Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais” (WHO, 2002).
Os cuidados paliativos melhoram a vida dos pacientes e de suas famílias que enfrentam os desafios associados a doenças com risco de vida e graves sofrimentos relacionados à saúde, incluindo, mas não se limitando a cuidados no final da vida.
A cada ano, estima-se que mais de 56,8 milhões de pessoas precisam de cuidados paliativos, mas apenas uma em cada 10 dessas pessoas recebem o serviço. A estimativa é que, em 2060, a necessidade de cuidados paliativos deverá quase dobrar.
Existe uma compreensão não atual que cuidados paliativos são empregados apenas quando não há mais possibilidade de tratamento e o paciente encontra-se em estado terminal.
Até o momento, o monitoramento da existência e maturidade dos serviços de cuidados paliativos tem sido feito na maioria das vezes por meio da avaliação do consumo de analgésicos opioides. Embora os opioides sejam vitais para o alívio da dor, eles são apenas um componente necessário para o desenvolvimento de serviços ideais de cuidados paliativos.
Princípios gerais de cuidados paliativos segunda a OMS:
· Fornecer alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispneia e outras emergências oncológicas;
· Reafirmar vida e a morte como processos naturais;
· Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente.
· Não apressar ou adiar a morte com sofrimento (Distanásia);
· Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente;
· Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte;
Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto;
Evitar tratamentos fúteis.
Os cuidados paliativos são um direito humano e um imperativo moral de todos os sistemas de saúde.